Reserva ovariana: por que é importante acompanhar?

21 set

Muitas mulheres acalentam o sonho de ser mãe. Para muitas delas, inclusive, este é um projeto de vida. O desejo é o mesmo, porém, o comportamento das mulheres mudou bastante ao longo das últimas décadas.

Por uma soma de motivos, as mulheres têm se tornando mães cada vez mais velhas: com o aumento da expectativa de vida, aliado a maior participação feminina no mercado de trabalho, elas buscam a estabilidade antes de aumentar a família.

O adiamento da maternidade, no entanto, traz consequências: a medida que o corpo envelhece, as chances de uma gestação natural diminuem. Isso se deve, em parte, à diminuição da reserva ovariana.

Você já tinha ouvido falar a esse respeito? Continue a leitura!

O que é reserva ovariana?

Nem todo mundo sabe, mas a quantidade de óvulos que uma mulher produz ao longo da vida é limitada. Em cada ciclo menstrual, cerca de 1000 óvulos são estimulados e amadurecidos, todavia, somente um deles chega a ovulação.

Uma vez que a fecundação não tenha ocorrido, óvulo e tecido endometrial são expelidos em forma de menstruação, sem nenhum mecanismo de reposição dos óvulos perdidos.

Observa-se ainda que não há nenhum tratamento capaz de inibir essas perdas. Em outras palavras, este é um processo irreversível, que se acentua com o passar dos anos: quanto mais velha é a mulher, menos óvulos ela produz.

Curiosamente, vale a menção de que o auge na produção de óvulos na vida de uma mulher acontece quando ela ainda está na barriga da mãe. Na primeira metade da gravidez, o bebê possui entre 6 ou 7 milhões de óvulos. Após o nascimento, esse número oscila entre 1 e 2 milhões.

Também é importante esclarecer que o envelhecimento não afeta apenas a quantidade de óvulos, mas também a qualidade deles. Na prática, isso significa que, por volta dos 40 anos, a reserva ovariana é praticamente inexistente e os poucos liberados estão sujeitos a apresentar disfunções genéticas, que podem resultar em um aborto espontâneo.

Como medir a reserva ovariana?

Sabendo disso, a medição da reserva ovariana é uma providência essencial para as mulheres que pretendem engravidar. Há exames que permitem descobrir essa taxa, mas, na maioria dos casos, a paciente precisa fazer a solicitação ao ginecologista: normalmente, ela não faz parte dos procedimentos de rotina.

Entre esses, destaca-se a ultrassonografia transvaginal, no qual o especialista consegue realizar a contagem de folículos produzidos naquele mês. Abaixo de dez, a reserva ovariana é insuficiente. Quando o índice é superior a 20, ele é considerado alto.

Há, ainda, dois tipos de exame de sangue: o mais comum é o FSH, cuja coleta deve ser realizada entre o primeiro e o terceiro dia de menstruação. Porém, a medição mais precisa é a que avalia a produção de hormônio Anti-Mülleriano, liberado pelos folículos antrais. A dosagem é proporcional a quantidade de óvulos.

Quais as alternativas em caso de baixa reserva ovariana?

Perto dos 40 anos, a reserva ovariana chega próxima a escassez. Mas vale a ressalva que a queda na produção de óvulos dificulta, porém não inviabiliza por completo uma gestação natural. Há relatos de mulheres que conseguem ser mães sem nenhum tratamento.

Outra alternativa, no entanto, é recorrer a técnica de Fertilização InVitro (FIV), que promove o processo de fecundação – o encontro entre óvulo e espermatozoide – fora do útero, em ambiente laboratorial.

Agora que você já compreendeu a importância de medir a sua reserva ovariana, marque a sua consulta com os especialistas do Centro de Endometriose da Bahia para que eles possam tirar outras dúvidas sobre este tema. Até a próxima!

Cadastre-se e Receba Conteúdos sobre Endometriose

Enviado com sucesso