Formatos do útero e infertilidade: o que você precisa saber!

19 jul

Em nossos textos mais recentes, nós temos alertado sobre os fatores que podem dificultar ou impedir uma gravidez por via natural. Agora, chegou a hora de abordarmos qual a relação entre os formatos do útero e a infertilidade.

Em condições normais, este órgão se assemelha ao formato de uma pera posicionada de cabeça para baixo. Oco por dentro, ele é dividido em duas partes: a porção inferior é batizada de colo do útero, enquanto a superior é denominada de fundo do útero.

Todavia, algumas mulheres podem apresentar variações no formato do útero, que, em geral, são consequência de uma má-formação. Entenda como essas alterações podem impactar na saúde da mulher.

Quais as principais alterações no formato do útero?

Antes de entender a relação entre os formatos do útero e a infertilidade, vamos explicar quais são as principais alterações. A incidência do chamado útero unicorno é bastante rara e se caracteriza por possuir metade do tamanho habitual. As mudanças também afetam as tubas uterinas: ao invés de duas, existe apenas uma.

Mais comum, o útero bicorno se assemelha ao formato de um coração, e possui uma espécie de abertura na porção central. Por consequência disso, o espaço para que o bebê se desenvolva é menor.

Há ainda o útero didelfo, que apresenta dois colos terminam em uma única vagina. Por fim, no útero septado, uma espécie de barreira divide o útero ao meio. Essa parede, chamada septo, pode ir até a metade ou percorrer toda a extensão do órgão.

Ainda falando em alterações anatômicas, mas não necessariamente no formato, mas sim na posição: trata-se do útero retrovertido, quando o órgão se encontra no sentido oposto.

Como os diferentes formatos do útero afetam a fertilidade?

Agora que você já conhece os diferentes formatos do útero, vamos esclarecer se e como eles podem comprometer a fertilidade. De uma maneira geral, essas alterações anatômicas não constituem um risco elevado para quem sonha em ser mãe.

Por outro lado, pode haver um aumento na incidência de partos prematuros, dadas as dificuldades para manter a gestação por nove meses, tendo em vista que o espaço disponível para o desenvolvimento do bebê é reduzido.

No caso do útero retrovertido, o comprometimento da fertilidade é mínimo. Já a presença de um septo é um fator de risco mediano. Apenas as mulheres com útero unicorno precisam de mais cuidados, já que a ausência de uma das Trompas de Falópio pode se transformar em uma efetiva complicação.   

Como diagnosticar e tratar alterações no útero?

Para finalizar este texto sobre formatos do útero e infertilidade, vamos abordar os métodos de diagnóstico. Os mais comuns são o ultrassom e a histerossalpingografia, que permite ao especialista avaliar alterações nas trompas e no formato do útero.

Com base nos resultados, o médico pode optar pela realização de uma videohisteroscopia, para a remoção do septo. Se já estiver grávida, é essencial se submeter ao exame pré-natal todos os meses, para que se possa monitorar a evolução da gestação.

Entendeu qual a relação entre os formatos do útero e a infertilidade? Aproveite e se inscreva no canal do Centro de Endometriose na Bahia no Youtube para receber atualizações sobre este e outros temas relevantes para a saúde da mulher. Até a próxima!

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